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A real intenção do blog Baiano Setembrino não é de plágio, mas sim de espalhar Conhecimento e Espiritualizar...

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Para todos os meus amigos com muito carinho:





Caixinha de Beijos

Certo dia, um homem chegou em casa e ficou muito irritado com sua filha de três anos. Ela havia apanhado um rolo de papel de presente dourado e literalmente desperdiçado fazendo um embrulho.

Porque o dinheiro andasse curto e o papel fosse muito caro, ele não poupou recriminações para a garotinha, que ficou triste e chorou.

Naquela mesma noite, o pai descobriu num canto da sala, no local onde a família colocara os presentes para serem distribuídos no dia de Natal, um embrulho dourado não muito bem feito.

Na manhã seguinte, logo que despertou, a menininha correu para ele com o embrulho nas mãos, abraçou forte o seu pescoço, encheu seu rosto de beijos e lhe entregou o presente.

Isto é pra você, paizinho! Foi o que ela disse.

Ele se sentiu muito envergonhado com sua furiosa reação do dia anterior. Mas, logo que abriu o embrulho, voltou a explodir. Era uma caixinha vazia.

Gritou para a filha: Você não sabe que quando se dá um presente a alguém, a gente coloca alguma coisa dentro da caixa?

A criança olhou para ele, com os olhos cheios de lágrimas e disse:

Mas, papai, a caixinha não está vazia. Eu soprei muitos beijos dentro dela. Todos para você, papai.

O pai quase morreu de vergonha. Abraçou a menina e suplicou que ela o perdoasse.

Dizem que o homem guardou a caixa dourada ao lado de sua cama por anos. Sempre que se sentia triste, chateado, deprimido, ele tomava da caixa um beijo imaginário e recordava o amor que sua filha havia posto ali.

* * *

De uma forma simples, cada um de nós, humanos, temos recebido uma caixinha dourada, cheia de amor incondicional de nossos pais, de nossos filhos, de nossos irmãos e amigos.

Entretanto, nem sempre nos damos conta. Estamos tão preocupados com o ter, com valores do mundo, que as coisas pequenas não são percebidas por nós.

Assim, a esposa não valoriza o ramalhete de flores do campo que o marido lhe enviou, no dia do aniversário. É que ela esperava ganhar uma valiosa jóia e não aquela insignificância.

O marido nem agradece o fato da esposa, no dia em que comemoram mais um ano de casados, esperá-lo com um jantar simples, a dois, em casa. Ele estava esperando uma comemoração em grande estilo, ruidosa, cercado de amigos e muitos comes e bebes.

Os pais não dão importância para aquele cartão meio amassado que os pequenos trazem da escola, pintado com as mãos de quem apenas ensaia a arte de dominar as tintas e os pincéis nas mãos pequeninas.

Eles estão mais envolvidos com as contas que a escola está cobrando e acreditam que, pelo tanto que lhes custa a mensalidade escolar, os professores deveriam ter lhes enviado um presente de valor.

É, muitos de nós não encontramos os beijos na caixinha dourada. Só vemos a caixinha vazia.

* * *

O amor é feito de pequeninas coisas. Não exige fortunas para se manifestar.

Por vezes, é um ato de renúncia, como a daquele homem que no dia de Natal, em plena guerra, conseguiu apenas uma laranja para a ceia dele e da esposa.

Então a descascou, colocou em um prato, criando uma careta com os gomos bem dispostos e entregou para a esposa, com um beijo e um pedaço de papel escrito: Feliz Natal!

E ficou observando-a comer, com vagar, feliz por ver os olhos dela brilharem e ela se deliciar com a fruta tão rara naqueles dias, naquele local.

Pensem e reflitam!

Autor: Momento Espírita.



Desejo a todos meus amigos,

Que a luz do Pai e a Espiritualidade Divina e Celestial abençoe a todos e aos que os cercam. Que neste Natal o maior aniversariante seja lembrado, onde não devemos esquecer do principal motivo dos festejos de natal que é o nascimento de Jesus Cristo. Que possamos demonstrar um pouco da caridade que Ele nos ensinou. Nós do Grupo Boiadeiro Rei, desejamos a todos os irmãos muita luz, paz e prosperidade neste ano que está por vir, que este novo ciclo seja de crescimento espiritual e moral, que sejam alcançados todos seus objetivos. Agradecemos a todos os irmãos que com fé nos acompanharam em nossa caminhada, seja através de sua presença nas palestras, nos passes, em nossas campanhas, em nossos livros ou mesmo através dos textos que publicamos aqui e em nosso blog.

Um Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Grupo Boiadeiro Rei.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Umbanda e suas Magias

Meus amigos e leitores venho pesquisando sobre a Umbanda, suas origens, suas raízes e seus fundamentos, buscando com isso tirar as muitas dúvidas que pairam em minha cabeça. Resolvi algumas, apareceram outras, o importante é que cada dia que passa, venho aprendo ainda mais.
Com isso aprendi que “UMBANDA É COISA SÉRIA PRA GENTE SÉRIA!”
Aprendi também que a Umbanda é o retorno à simplicidade de cultuar Deus. Religião que se baseia na Caridade, usando para isso todos os recursos das forças divinas da natureza em favor ao próximo.
Estou aqui não para apresentar uma nova filosofia sobre a UMBANDA, mas sim um modelo, uma tese, baseada em muita pesquisa e estudos em livros, sites, listas de email, conversas com dirigentes de terreiros, na própria vivência do dia-a-dia dos trabalhos e nas palavras dos Orixás e dos grandes mensageiros da nossa Umbanda.
Aproveito aqui para agradecer a todas as Entidades maravilhosas que me ensinam através de seus ensinamentos a Humildade, a Caridade Pura e o Amor ao Próximo.
O nosso objetivo aqui será, durante o decorrer desse estudo, buscar o que há de verdade na Umbanda, discutindo pontos de vista, sempre buscando levantar o véu que há sobre alguns conceitos, enfim, abrir nossas mentes para que cada um possa chegar a suas próprias conclusões sobre o que é ou não verdade dentro da Umbanda.
Então, abra sua mente, raciocine! Vamos buscar o fortalecimento da nossa querida umbanda! Tenha orgulho de dizer: “Eu sou umbandista!”

Grupo Boiadeiro Rei

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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Proteção para antes do Feitiço



Você precisa de 2 velas azuis, uma outra de qualquer cor (representa você) e óleo de alguma madeira, visualize você entrando em transe, coloque sua vela no centro e unte as velas com o óleo e coloque uma vela azul do lado direito da sua, e outra do esquerdo, acenda as velas azuis, depois a sua e diga:


"Guias espirituais, protetores dos seres, me escutem

Venham até mim e me protejam

Observem-me durante esse ritual

e me cubram com sua proteção".


Sente-se em uma posição confortável. Limpe sua mente de pensamentos. Inspire e expire profundamente. Relaxe e feche os olhos.Faça seu terceiro olho mudar de cor, em ordem: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, bege, roxo e branco.

Conte até 5 antes de mudar de cor. Visualize sua respiração ritmada em forma de ondas e traga seu anjo protetor ou guardião) até você, chame-o Visualize uma porta se abrir em um lago, entre na porta e quando encontrar seu guardião, converse com ele, confie em suas respostas. Saia da porta, feche-a e diga:

"Voltei à Terra, Obrigado Guardiões e meu protetor!"


Apague sua vela e depois as azuis.

Esse feitiço básico é ótimo para quando se for fazer um feitiço avançado.


Este feitiço é um dos feitiços que estão em nosso livro, e mais existem muitos outros feitiços e rituais.

Quer aprender fazer outros feitiços e mais saber o que é Bruxaria, magia, como se prevenir dela ou até mesmo usá-la da maneira correta.

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A Magia Perfeita  Vol. VI – Magias e Bruxarias



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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Baiana Nhá Ana...


A mucama mais jeitosa!


Ana Cecília era uma mucama que trabalhava na casa de uma família importante do Recôncavo Baiano. A família possuía propriedades na cidade de Cachoeira e São Félix, mas a casa principal ficava em Salvador. Eles eram uma família de portugueses, que se mudaram para o Brasil no final do século XIX. Ana começou a trabalhar com eles ainda criança, quando a mãe era a babá dos sinhozinhos. Ela auxiliava a cozinheira e a arrumadeira da casa. Como Ana era calada e jeitosa com as coisas se tornou a mucama das senhoras da casa.
Em Salvador, Ana gostava de participar das festividades de Nosso Senhor do Bonfim e sempre pedia permissão aos patrões para ir à Igreja. Sua vida era assim: simples e tranquila. Até o dia em que defendeu suas senhoras de um grupo de ladrões... Elas estavam saindo da Igreja e desciam tranquilamente a rua calçada em direção a casa. Os assaltantes pediram os pertences das senhoras e apontaram as pexeiras. Ana assustou-se e atirou-se a frente das madames. Ela foi apunhalada pelos agressores, que fugiram em seguida. Como Ana gostava muito da família com quem trabalhava, não queria que nenhum mal lhes acontecesse.
As mulheres se desesperaram, pediram ajuda e Ana foi socorrida, mas não resistiu. Ela morreu ao chegar ao Hospital da Capital. Assim, a Baiana Ana findou uma etapa de uma uma vida simples, mas honrada. Quando acordou em Aruanda, estava feliz, pois cumpriu sua missão de vida. Ela foi convidada a atuar na Umbanda como uma baiana que trabalha na Linha de Nosso Senhor de Bonfim.

Baiano Tomás...



Um Baiano que veio de Moçambique, mas era Português...



Kimojo-Ntoto nasceu na Ilha de Moçambique, no ano de 1583. Ele foi trazido ao Brasil ainda moleque, com 7 anos de idade. Os portugueses colonizaram Moçambique, assim como colonizaram o Brasil e Kimojo falava perfeitamente o português e seu idioma suaili. Quando os portugueses desembarcavam em Moçambique para fazer a coleta de mercadorias e o recolhimento do ouro, Ntoto os auxiliou no carregamento dos produtos.
Um dos portugueses gostou do menino e passou a chamá-lo de Tomás, em homenagem ao santo de sua devoção. Esse português, Dom Ignácio Boaventura, convidou o menino para acompanhá-lo em suas viagens marítimas. Conversou com a mãe do menino e conseguiu sua autorização. Assim, começou a história de Tomás, cheia de diferentes acontecimentos e aventuras!
Embarcaram em Moçambique com destino à Índia. Foram atacados por piratas próximo ao Porto da Somália, onde tiveram que permanecer alguns dias até se restabelecer. Na Índia, andaram por vários lugares em busca de iguarias. E depois foram ao Brasil, onde desembarcaram na Bahia de todos os Santos. Tomás estava encantado com tudo o que via e admirava-se cada vez mais com a vastidão do mundo. Ele e Ignácio ficaram muito apegados e trocavam conhecimentos de suas tradições. Ambos passaram a viver como pai e filho.
Tomás viajou para muitos lugares com Dom Ignácio. Conheceu Portugal e toda a Europa e tornou-se uma pessoa culta. Quando estava com 15 anos, Tomás retornou a Moçambique e convidou sua mãe para viajar com ele, mas ele tinha irmãos e a mãe não queria deixá-los. Ele também não queria ficar em Moçambique. Foi a última vez que viu sua mãe. Depois disso estabeleceu-se no Brasil e se tornou o braço direito de Ignácio na adminstração do comércio de ouro, pau-brasil e outros produtos.
Aos 22 anos Tomás conheceu Sueria, que era uma escrava de origem banto e tinha 18 anos. Pediu a Ignácio que a comprasse e a alforiasse para que eles pudessem se casar. Tomás e Sueria viveram bem até 1625, quando Ignácio veio falecer e eles foram "confiscados" pelo Governo de Portugal como parte das posses dos herdeiros. Tornaram-se escravos da coroa, juntamente com seu 3 filhos. Foram separados e vendidos. Tomás tentou fugir diversas vezes, mas foi morto no tronco, no local onde hoje fica o Pelourinho. Sueria morreu 2 anos depois de tristeza. Os filhos de Tomás e Sueria foram vendidos para fazendas diferentes no estado das Minas Gerais.
Esse baiano de fala mansa, tranquilo e jeito filosófico, gosta de dar conselhos e ensinar. Possui o dom de penetrar a aura das pessoas e de entender seus sentimentos. Sempre aconselha o crescimento espiritual, o estudo e a compreensão. Tomás é um trabalhador amoroso da Umbanda Sagrada!

Rosalinda: a Flor do Sertão!


Uma baiana que não era baiana.

Povo Baiano agrupa os trabalhadores espirituais que viveram no Nordeste Brasileiro, pois os estados nordestinos pertenciam à Bahia no começo da Colonização do Brasil. Por isso, a baiana Rosalinda não nasceu na Bahia. Ela nasceu no sertão nordestino, no estado de Sergipe, numa Vila entre o estado da Bahia e de Alagoas. Essa região hoje se chama: Canindé de São Francisco. Desde que nasceu, com as bochechas bem rosadas, sua mãe lhe chamou de Rosa e seu pai de Linda, por isso recebeu o nome de Rosalinda. Mas, todos costumavam chamá-la de Rosinha. Ela nasceu no ano de 1889, um pouco antes da Proclamação da República e quando Sergipe, enfim, tornou-se um estado brasileiro. Seu pai era um mameluco que trabalhava como vaqueiro nas margens do Rio São Francisco e sua mãe era uma filha de escravos que trabalhava como bordadeira. Viviam da pesca, do gado, do artesanato e se alimentavam de plantas nativas da caatinga.
Rosalinda foi uma moça esperta e alegre que sempre auxiliou sua mãe nos trabalhos domésticos. Também gostava de ajudar seu pai na lida com o gado. Amava a vida que levava: tranquila, a beira do Rio São Francisco e cheia de riquezas naturais. Um dia, alguns cangaceiros cruzaram suas terras e se encantaram com a beleza da moça. Um dos rapazes a convidou para seguir com ele no bando, mas ela recusou. Rosinha não queria se apartar de seus pais e não queria deixar a vida que levava. O Chefe do bando não mexia com moças virgens, respeitava, pois tinha uma filha da mesma idade. Mas, o rapaz, não suportou ser rejeitado e começou a ameaçar a moça. Vendo que seus familiares corriam perigo, pediu aos pais para seguir com o bando, alegando estar apaixonada pelo moço. O pai de Rosalinda, no começo recusou e falou que isso não era vida para uma moça. A mãe chorava muito... Por fim, aceitaram, desde que ela nunca saísse do acampamento dos cangaceiros e que não se juntasse a eles nas contendas. Rosinha concordou, despediu-se dos pais e seguiu com o bando. Seguia cheia de tristeza em seu coração. Sonhava se casar por amor. Jamais pensou em ser forçada a se casar, pois seus pais eram muito bons para ela. Ela correu com o bando por várias localidades e sempre se manteve no acampamento. O rapaz fazia de tudo para agradá-la, porém ela não esquecia a família. Após de um ano viajando Rosalinda estava prestes a dar a luz. Na beira de uma estrada nasceu um menino e ela não resistiu ao parto. Morreu de dor, de tristeza e de hemorragia. O menino cresceu com o pai e se tornou um dos cangaceiros mais respeitados da região, lutando pela justiça dos menos favorecidos. Depois dele vieram outros, como Lampião, que se tornou o Cangaceiro mais famoso da história do Brasil.
Por algum tempo o espírito de Rosalinda vagou, ligado ao menino que nasceu e buscando a família... Mas, depois foi recolhido ao Reino de Aruanda. Ela se tornou mais uma trabalhadora na Falange das Baianas. Trabalha na Linha das Águas, distribuindo amor e alegria a todos a quem atende.

Baiana Sete Saias



A Baiana Sete Saias nasceu no norte da Bahia num vilarejo chamado Pilão Furado. Era de uma família muito pobre, até que um dia sua mãe, Baiana Dolores, vendeu sua filha para uma dona de cabaré, Dona Carlita, por alguns fardos de arroz, feijão, camarão seco e banha de porco, para alimentar seus outros filhos, Maria Baiana Sete Saias, Maria Saias, Zé Sete Facão, Baiana Sete Coco. 
Sua mãe chorava muito, pois Sete Saias era a mais velha dos filhos a quem ajudava muito nos trabalhos do lar e na pesca de camarão. Ela se despediu da família e foi morar com a dona do cabaré Carlita. 
Sete Saias conta que não era mulher de cabaré, mas sim ajudava a dona Carlita na cozinha, e com os fregueses. Fazia muitas comidas como bobó, acarajé, vatapá, e outras iguarias, até que certo dia um rapaz moreno claro, olhos castanhos, cabelos cacheados e muito belo , começou a frequentar o cabaré. 
Quando Baiana Sete Saias avistou ele, foi paixão na certa, ela nunca tinha namorado. A dona do cabaré tinha muito ciúmes dela com os clientes, por ela ser muito bonita, morena com cabelos até as costas, olhos castanhos claros, sábia, educada, recatada e não aceitava nem um namoro da baiana, mas eles foram se vendo cada vês mais. Ele muito apaixonado pediu sua mão em namoro para dona Carlita. Ela disse não “nem pensar tu tá doido cabra da peste” e proibiu Baiana Sete Saias, de servir o belo rapaz apaixonado. 
Eles não se aguentavam mais de saudades quando marcaram um encontro através de sua amiga Baiana Flor. Ela escreveu um bilhete para Baiana Sete Saias e entregou ao rapaz ela disse “meu amor não consigo ficar sem você quero fugir, vamos?” Então ele respondeu “vamos amorzinho hoje de madrugada”. Naquela noite ela se deitou para dormir, mas não dormiu então quando todos foram dormir sua amiga disse: “vamos, seu amor te espera”, Baiana Sete Saias saiu rapidamente. Lá fora com um burro na carroça esperava seu amor João do Cangaço, eles saíram em disparada com o burro, mas depois de mais ou menos 30 quilômetros, dona Carlita veio atrás de cavalo correndo em disparada chamando Baiana Sete Saias aos gritos. Ela olhava para trás e dizia “vamos ela esta perto de nós vamos, vamos!” 
Em desespero eles não viram um brejo muito fundo e caíram lá. Num piscar de olhos suas vidas se foram por amor, sua dona Carlita chegou até o brejo e não avistou nada. Gritava, chorava e dizia “agora eu te dou sua liberdade”. 
Baiana Sete Saias morreu com 27 anos, virgem. 
Hoje, na Umbanda em evolução fazer a caridade entre o bem e o mal. 
Seus filhos geralmente tem medo de acidente na estrada sem saber o porquê deste medo. 

Ponto de Baiana Sete Saias

Maria baiana tem sete saias,
Para trabalhar na Umbanda.
No meio das sete saias,
Tem uma que tem mironga.
Baiana faz e não manda,
Não tem medo de demanda,
Baiana feiticeira,
Filha de Nagô,
Trabalha com pó de pemba,
Pra ajudar Babalaô.
Baiana sim,
Baiana vem,
Quebra a mandinga com dendê.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Dona Maria Redonda


Dona Maria Redonda nos fez um relato sobre a origem de seu nome.

Nossa querida preta velha nos contou que, ao contrário do que todos acham, ela não era gorda, e sim alta e magra. Seu apelido vem de outra característica, ou melhor, de uma história.

Dona Maria Redonda era a parteira do grupo no qual vivia, e também a pessoa encarregada de cuidar dos filhos dos escravos enquanto eles estavam na lida. Passou sua vida criando estas crianças, e por ter esta responsabilidade foi poupada dos trabalhos escravos impostos aos negros na época.

Por ter que cuidar de muitas crianças, costumava colocá-las em um círculo para conversar e brincar com elas.

Certa vez, na intenção de dar-lhes esperança diante do que elas e seus pais estavam vivendo, Dona Maria Redonda disse às crianças:

- " Filhos, peguem nos seus calcanhares, vejam como eles são redondos! Peguem em suas cabeças, elas também são redondas! Nossas barrigas, e até nossas bundas são redondas!!" - e as crianças deram risada.

-" Olhem para o céu, o sol e a lua são redondos! Até mesmo os portugueses estão dizendo que esta Terra onde vivemos é redonda. Veja o que comemos, quase tudo é redondo. Agora, vejam, as argolas que escravizam a nós e aos pais de vocês também são redondas, mas estas com certeza vão se desmanchar, pois são as únicas que não foram criadas por nosso pai Oxalá!".

Com estas palavras, Dona Maria Redonda afagava os corações das crianças.

Agora sabemos de onde vem tanta doçura, e porque é tão bom deitar em seu colo e receber seu agrado!

Perguntamos a ela se havia se casado, se tinha tido uma família.

Disse que as crianças eram sua família, assim como todos com quem vivia eram como seus irmãos. Os negros escravos tinham um sentido de irmandade muito diferente do que temos hoje. Tinham uma sentimento de fraternidade, eram todos irmãos, unidos por sua condição, independente de serem parentes de sangue ou não.

Dona Maria Redonda nos contou também que ela estava encarnada quando a Abolição da Escravatura finalmente aconteceu. Sobre isso comentou:

-" Filha, tive a sorte de viver para ver este dia. Mas, na verdade, a gente nem sabia o que fazer com a liberdade..."

Salve nossa doce e querida Maria Redonda !!

Ponto de Chamada

Quem vem lá quem combate demanda
Ela é filha de Congo é Maria Redonda


Adriana e Robert, cambones da Mãe Lucilia Guimarães.

Terreiro do Pai Maneco, Curitiba, na festa dos Pretos Velhos

Maria Redonda era uma negra muito bonita que vivia na casa grande e cuidava das crianças. Para dar mais sentido às histórias que contava as crianças, dizia que tudo que existia no universo era redondo e que por este motivo o mundo era mais belo. Assim, ficou conhecida como Maria Redonda. 


Texto de: Lidiani Cristina, de Tijucas - SC
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