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domingo, 9 de outubro de 2011

ORAÇÃO DE UM CANGACEIRO


Uma oração passada por seu Zé Faísca. a 


"Oração de um Cangaceiro"


Deus pai, protetor.
Não deixeis durmir quando a noite espreitar-me a morte.
Não deixeis sentir fome quando a necessidade me assolar.
Não deixeis sentir frio quando ocorrer-me arrepios na espinha.

Mestre no Universos.

Fazei que meus pés sejam mais rápidos do que de meus algozes.
Deixai que minhas mão sejam mais ligeiras que de minhas desavenças.
Me dê a graça de meus olhos enxergarem mais que o Carcará que corta o céu do Sertão.

Painho Deus. Se me for confortada a morte .
Que aos seus braços repouse.
[cangaceiro.jpg]Perdoai minhas falhas e daí me a luz  para viver no paraíso.
Enfim dê meo perdão que nunca dei aos meus inimigos.



--> Baiano Zé Faísca


Escrito por Pai Léo Del Pezzo

CARTA DE UM BAIANO


Um texto que acabou de ser psicografado, por um baiano, só peço irmãos que se divulgarem não esqueçam de escrever a autoria. Vale a pena conferir o texto, é muito bonito.

Carta de um Baiano

O sol sempre foi uma das preocupações, mas sem ele nunca teríamos sobrevivido, a seca é dura, mas ela nos faz lembrar o quanto somos fortes e guerreiros.
A poeira que cisma em subir faz nos lembrar que não somos mais do que isso perto da luz de nosso grande mentor.
Nossa vida foi dura, nossa vida foi difícil, mas mesmo assim, carregamos em nosso peito o sentimento de superação.
Nossos passos foram difíceis, nossos rostos marcados pelo sol e pelas incompreensões, mas este até hoje carrega um sorriso largo, a todos que nos pedem ajuda.
Alguns nos criticam, pois manipulamos há bebida um pouco demais, mas é que ainda estamos presos a nosso passado, e nosso amor é tanto pela vida que queremos de alguma forma nos sentirmos vivos. Alguns dizem que somos desequilibrados, mas digo que não, apenas cumprimos a lei sagrada, e essa ás vezes deixa marcas em nosso corpo etéreo. Outros vão mais além e dizem que somos a escória do plano espiritual, mas digo que não, somos humildes sim, fazemos trabalhos em lugares que poucos adentram, mas alguém deve fazer essas tarefas, mas infelizmente alguns não nos dão valor, mas o importante é que desde um nego veio até um Exu dá valor a nosso trabalho regenerador. 
Gosto de dizer que somos a ponta do punhal, a linha de frente dos trabalhos, talvez por este motivo sejamos tão incompreendidos. Mas digo a vocês irmãos queridos, é só nosso povo estar em terra que a alegria e a felicidade tomam conta do ambiente.
Somos um povo guerreiro que vencemos tamanhas dificuldades em vida, alguns de nós injustiçados pelas leis dos homens, outro coagido por terem seu modo de vida mais liberta, mas somos genuinamente brasileiros, e amamos esta terra, fomos um dos braços do progresso desse Torrão, e hoje baixamos no terreiro trazendo nossa energia amparando e limpando todo mal, para que nossos companheiros Exus efetuem seu trabalho.
Não pensem que esta carta é um lamento, e nem uma advertência ou desabafo, e sim um comunicado de quanto nós Baianos, Boiadeiros e Marinheiros, tanto amamos vocês encarnados.
E não se esqueçam queridos companheiros o quão mais perto da luz vocês estiverem, mais longe das trevas vocês estarão.

Baiano José Francisco, mais conhecido como “Zé Faísca”.
Médium: Leonardo Del Pezzo

sábado, 14 de maio de 2011

Baiana Maria Olindina da Luz na Umbanda


A baiana chegou da Bahia...
Rosalva caminhava com dificuldade equilibrando os baldes com água que trazia, um sobre a cabeça e mais um em cada mão. Essa era sua tarefa de todas as manhãs, seguia até a cacimba que ficava a cinco quilômetros de seu pequeno povoado, enchia os três baldes que serviriam para as tarefas diárias de sua família e voltava cantarolando pelos caminhos secos e arenosos do sertão nordestino. Normalmente ia e voltava com outras pessoas que faziam o mesmo percurso, mas hoje, tinha pressa, era dia de procissão na igreja de São João e ela não queria perder tempo, despediu-se dos acompanhantes e partiu com pressa. Na flor de seus dezesseis anos, sonhava encontrar alguém para casar e nada melhor que a quermesse da paróquia. Ia fazendo planos de namoro e casamento com alguém que encontraria logo mais a noite. De repente dois homens pularam em sua frente. Seu coração disparou. Eram cangaceiros. Conhecia as histórias que se contavam a respeito deles e sabia que teria de fugir imediatamente, jogou os baldes e precipitou-se em uma corrida desesperada. A perseguição foi difícil, a menina corria muito, mas os homens conseguiram enfim alcança-la. As lágrimas e pedidos de clemência foram inúteis. Rosalva foi impiedosamente deflorada por ambos. Jogada no chão tentando cobrir a nudez com os restos do vestido rasgado, encarou seus algozes que riam satisfeitos: - Vou com vocês! - falava sério, com o olhar vidrado de ódio - O que mais me resta depois do que me fizeram? Os homens entreolharam-se surpresos: - O que tá dizeno menina? - Quero seguir seu bando, não posso mais casar, estou perdida! Vou com vocês. Assim Rosalva entrou para a vida errante do cangaço. Durante vários anos fez parte do grupo que perambulava pelas cidades fazendo assaltos que garantiam a sobrevivência do grupo. Não aprovava as mortes espalhadas pelo bando e por isso nunca usara nenhuma arma, fazia apenas o "apanhamento" que era como eles chamavam o furto praticado depois de algumas chacinas. Foi em um desses ataques que tudo se precipitou. Um pequeno sitio foi invadido por eles e dois homens foram mortos. Rosalva recebeu a ordem de fazer o apanhamento, como de hábito. Ao entrar no quarto para exercer sua tarefa encontrou uma mulher, grávida, totalmente descontrolada que empunhava uma grande faca e partiu para cima dela. A lâmina provocou um corte profundo em seu braço fazendo com que gritasse de dor. Roxinho que estava em outro cômodo correu para lá a tempo de chutar a mão da mulher, o que fez com que a faca voasse por sobre a cama e a mulher em desequilíbrio fosse ao chão. O cangaceiro ao perceber a avançada gestação, entregou sua garrucha para Rosalva: - Mate a vagabunda, fiz promessa de não matar prenha! Ela olhou pra o companheiro espantada. - Não posso, nunca matei ninguém! - Sempre tem primeira vez, mate logo. Essa franga te cortou! Ela sabia que as ordens de Roxinho não deviam nunca ser desobedecidas. Empunhou a arma e apontou para a cabeça da mulher. Esta, acuada e pronta para a morte, olhou com ódio para ela: - Mate infeliz e leve para o inferno o pecado de ter matado dois! Rosalva, trêmula, engatilhou. Em uma fração de segundos levou o cano para a própria fronte e disparou. Acabava aí a história de uma mulher que nunca conseguiu ser feliz.
Hoje, nossa companheira de todas as horas traz na terra o nome de Maria Olindina, na linha dos baianos é só sorriso e alegria, deixou para trás a vivência sofrida em terras nordestinas para ser nossa mãe, amiga e confidente para todas as horas.

Sarava Dona Maria Olindina da Luz


Fonte: Espada de Ogum



Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei

sábado, 26 de março de 2011

BAIANA MARIA 7 SAIAS

Depois de toda a alegria de encontrar velhos amigos e ministrar mais uma turma de Magia das Oferendas, especialmente na Fundação Cacique Cobra Coral, neste dia teria a festa em louvo á Baiana...


Tudo correndo tranquilamente, a passagem do Sr. Cobra Coral me emocionou particularmente pela admiração ao trabalho que o mesmo desenvolve, depois os marinheiros, boiadeiros mesclado com todos outros que quisessem ali prestar a caridade, observando isso fui abordado pelo Sr. Boiadeiro que dirigia a gira:

- Moço, o que enriquece nossa religião?

Como sempre as entidades nos fazem perguntas de difícil resposta imediata, como responder esta simples pergunta quando a resposta é tão vasta, ainda quando amamos esta maravilhosa Umbanda, me arrisquei:

- Sr. esta é uma pergunta de ampla resposta.

- É a nossa mescla, a mistura de raças, valores, crenças, cores, classes etc. Veja a gira, temos Zé Pelintra, Boiadeiro, Baiano, Exu, Marinheiro, Cigano, todos juntos trabalhando. Pra quê estipular um dia para cada linha se todos podem dar as mãos e fazer um trabalho melhor? – dito isto ele virou as costas em direção ao seu posto ao que ainda olhou pra trás e disparou: - Pense nisso moço!

Como não pensar, estava ali nos meus olhos a beleza deste conceito, a unidade na diversidade, isto que honra e justifica o termo Um-banda.

Assim foi correndo a gira...

Logo mais os mentores de despediam, finalizando com o baile da Cigana, seu nome é amor, como canta irmão Hans, palmas que vibraram o ambiente e foi-se a cigana correr seu trecho.

Chegou o grande momento, a presença da Baiana e falangeiros...

Irmão Scritori e Bárbara vibram finalmente o couro e tudo muda naquele ambiente ao som do ponto: “...Baiana seu tabuleiro tem axé...”

Ao pé do altar uma imensa oferenda de cocos verde, frutas e flores amarela, 21 velas amarelas e sete copos de bambu com batida de coco, dois coqueiros no vaso faziam uma espécie de pilastra, isto era o que olhos da carne permitiam observar, porém o manto amarelo vivo que cobria parte da oferenda, ao som do atabaque puxou pra si as chamas das velas e uma intensa luz começou a se formar e um arco de luz unia as pontas nos coqueiros, das flores uma fumaça luminosa se dissipava no ambiente, logo percebi ser o prâna e então um portal de intensa luminosidade se formou de onde saiu aquela bela morena, passo seguinte conectada na Sra. Adelaide, seu aparelho.

Alguns emocionados, com o rosto brilhante ela saúda o seu portal, ou as oferenda? Depende do ponto de vista, hehehe...

Vira-se á curimba e reverencia, talvez o toque ou aqueles dois que viste nascer e ali já adultos podiam tocar e cantar à ela. Da sua saia que no físico tinha sete cores em camadas o que não foi possível observar no etérico, ela se envolvia por luzes circulantes, multicolorido sem parada, fluxo acelerado e mais parecia um organismo vivo, pois daquela “saia” realmente muita mironga saia, a cada um que ela abraçava a saia envolvia de luz e a emoção era incontrolável, após abraçar a todos ela já até poderia ir embora, pois todo o trabalho de energização já estava feito...

Sentou-se e um a um prestou suas palavras de orientação e conforto que mexia com o coração e as lágrimas eram inevitáveis...

“A Umbanda é linda pra quem sabe trabalhar...”

Não pude ficar até o encerramento do trabalho...mas ainda pude ver a chegada dos baianos e com a presença do Mestre Severino que com um atabaque fazia ressonar o som de sete ao mesmo tempo...

Ali tentei plantar uma semente do saber no curso e saí com um coqueiral na minha alma...

Deixo meu fraterno abraço a todos da Toca da Coral, Bonfá com sua inspiração a nos emocionar, Scritori com seu espírito ordenador a nos honrar, Miguel com visão a nos clarear e Adelaide com seu Sacerdócio Natural a nos abençoar...

Aqui declino minha gratidão e singela homenagem á Baiana, Maria das 7 Saias...

Saravá! Salve a Bahia!

Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Zé Pilintra uma adorável entidade


Esta adorável entidade, normalmente comparece nas giras de baianos, mas quando necessário também vem nas de Exús, uma entidade com jeito de malandro, mas somente tem esse jeito, pois de malandro não tem nada, atua nas demandas, e seus conselhos são de grande valia, quando um filho pede sua ajuda está sempre pronto para atender, mas não esqueça que seu Zé gosta de filhos dedicados e praticantes do bem.

De manhã, quando eu vou descendo o morro

A "nêga" pensa que eu vou trabalhar

De manhã, quando eu vou descendo o morro

A "nêga" pensa que eu vou trabalhar

Eu boto o cachecol no pescoço

Boto o baralho no bolso

E vou pra Barão de Mauá


Eu boto o cachecol no pescoço

Boto o baralho no bolso

E vou pra Barão de Mauá

Trabalhar, trabalhar...

Trabalhar pra quê?

Se eu trabalhar eu vou morrer

Trabalhar, trabalhar...

Trabalhar pra quê?

Se eu trabalhar eu vou morrer


Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco. Filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério. Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro! Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é? Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo. Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar. Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento. Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida. Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: - É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo... - E mostrava seu punhal para quem quisesse ver. Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente. Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo. Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura. Não perdeu, porém a picardia dos tempos de José Emerenciano. Sarava Seu Zé Pelintra!


Pontos do seu Zé Pilintra

______________________

Seu Zé tá bêbado por quê?

Ainda não vi Seu Zé beber

Seu Zé tá bêbado por quê?

Ainda não vi Seu Zé beber

Bota no copo que a caneca tá furada

Seu Zé não bebeu nada

Bota no copo que a caneca tá furada

Seu Zé não bebeu nada

________________________

De terno branco

Seu punhal de aço puro

Seu ponto é seguro

Quando vem pra trabalhar

Segura o "nêgo"

Que esse "nêgo" é Zé Pelintra

Na descida do morro

Ele vem trabalhar

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Seu Zé Pelintra é um cabra bom

Seu Zé Pelintra é um cabra bom

Que não me deixa escorregar

Vence demenda, quebra feitiço

Ele é o mestre lá da Encruza

________________________

Mulher, mulher

Não tenha medo do seu marido

Mulher, mulher

Não tenha medo do seu marido

Se ele é bom na faca, eu sou no facão

Ele é bom na reza, e eu na oração

Ele diz que sim, eu digo que não

Eu sou Zé Pretinho, ele é lampião

Postado no Grupo de Estudos Boiadeiro Rei

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