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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Será que o médium sabe...



Será que o médium sabe que pode se preparar melhor para o dia dos trabalhos espirituais?
Os médiuns, para bem atenderem em seus trabalhos, devem observar as seguintes recomendações :

* Fazer exercícios respiratórios, se possível, de manhã e perto de campos e matas (parques), a fim de fortalecer-se com a captação de fluídos e de melhor oxigenação do cérebro, muito bom para a saúde.
* Orar sempre, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe o fortalecimento de seus guias espirituais, o perdão de seus erros, a proteção para os trabalhos e prática da caridade.
* Ler, nas horas de folga, um livro instrutivo e positivo sobre Umbanda, Espiritismo, Evangelização, Novo Testamento, ou qualquer livro que traga noções morais e espirituais, reeducando, assim, o próprio espírito.
* Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, sem problemas que lhe afetem o humor e os nervos, sem discussões com outras pessoas. Evite discussões e aborrecimentos fúteis, procure trazer a paz para que ela te acompanhe, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos mais tarde no terreiro, para dispor então de boa concentração.
* Se as sessões forem à noite, deve-se comer moderadamente no jantar, dando preferência as saladas e outros alimentos leves, para facilitar a incorporação dos guias e protetores.
* Nos dias de sessão, abster-se de carne se possível, além de ser um alimento pesado esta diminui o magnetismo orgânico, enfraquece o teor vibratório e desgasta energias vitais, dificultando as incorporações; se preferir substitua a carne por peixe.
* Não use, nem abuse, de bebidas alcoólicas (certos terreiros proibem terminantemente que os médiuns ingiram bebidas alcoólicas e venham para os trabalhos) a pretexto de aperitivo ou qualquer outra desculpa, a fim de não atrair entidades viciadas para perto de si. Deve-se também, fumar o menos possível.
* Sempre que puder, visite e auxilie os necessitados ou pessoas com problemas, levando-lhe uma palavra de conforto e carinho. Às vezes, a presença do médium, junto a um enfermo, pode ajudar na cura e ao médium pode reforçar sua força e sua fé.
* O médium que estiver doente, é de bom senso que não trabalhe nas sessões. Se sentir-se deprimido, fraco, debilitado ou com esgotamento nervoso deve comparecer aos trabalhos e tomar passes para reativar a vitalização mas nunca dê passes nesse dia.
* A força de seus trabalhos em benefício dos irmãos, depende do seu amor a eles. O lema a ser adotado é "Amar e perdoar; aprender e servir".
* Que a paz e a benção de Oxalá caiam como pétalas de rosas sobre todos os médiuns na prática da caridade.

Todos os direitos são reservados ao Sr. Boiadeiro Rei

Cruzando o Solo



Cruzando o solo: Nos Templos há uma separação chamada de "porteira", que separa os médiuns dos consulentes. Ao chegar nesta porteira ajoelhe-se e faça um sinal da cruz, isto é, o alto, o embaixo, a direita e a esquerda, reverenciando e pedindo licença para entrar. Em seguida dirija-se ao "congá", ajoelhe-se, faça o sinal da cruz e deite-se no solo.

· Batendo a cabeça: Após deitar, toque levemente o solo com a fronte, depois o lado direito e o esquerdo, volte à posição inicial, peça licença ao Divino Pai Olorum, aos Sagrados Orixás e aos Guias Espirituais e faça seus pedidos e agradecimentos e saiba que este ATO é um sinal total de humildade e de entrega física e espiritual, pois a partir deste momento você se coloca como instrumento de Deus, da Lei Maior e da Justiça Divina, tendo plena e total consciência que ali estará para servir e doar e que aonde quer que o seu Dirigente determinar que você "trabalhe" naquele dia, faça com humildade, respeito e devoção, pois você está assumindo conscientemente sua "missão" e entregando o seu livre-arbítrio nas mãos do Divino Criador.

Depois levante-se e dirija-se até aonde está o seu Dirigente Espiritual e se for norma da casa peça a sua benção, cumprimente todos os seus irmãos de fé, coloque-se no seu lugar e a partir deste instante os seus pensamentos estarão direcionados aos "trabalhos" com concentração, SILÊNCIO e respeito, pois o templo já está imantado com suas energias benéficas daquele dia.

Sabiam que o solo (chão) dos Templos é preparado com lavagem tais como: água com sal grosso para descarregar possível condensação energética negativa, água do mar para limpeza e fluidificação cristalina, água da cachoeira para imantação mineral energética, essências, ervas, flores e etc. E o seu dirigente firma as velas do congá, reenergiza as suas firmezas, limpa, lava, colocam-se flores, ervas e etc.

Enfim tudo é preparado para recebê-lo com "AMOR".

Pois a preocupação e a responsabilidade por parte dos Dirigentes Espirituais são inúmeras, porque horas antes da sua chegada o templo já estava sendo firmado e preparado com muita fé e devoção, para que aquele dia seja formada mais uma egrégora de total união e fraternidade para o trabalho Maior da nossa Umbanda Sagrada:

"A CARIDADE"...

O Ato de Cruzar


O ATO DE CRUZAR
(SOLO, IMAGENS, COLARES, ETC)...

Quando cruzamos qualquer objeto estamos na realidade tornando-o Divino, pois o mesmo armazenará energias do Guia espiritual ou Orixá, que o imantou (cruzou).
Quando cruzamos o solo à nossa frente estamos reverenciando as nossas forças e ou as forças da casa, ponto de força na natureza e etc.
Temos uma diferença ao cruzar o solo: O Alto, O Embaixo, À Direita (esquerda) e À Esquerda (direita), pois quando dizemos primeiro: A Direita estamos nos direcionado as forças assentadas na casa, ou do ponto de força na natureza, quando dizemos o inverso estamos reverenciando as nossas forças.
O ato de fazer o sinal da cruz tem diversos significados entre eles podemos salientar alguns que extraímos do livro "Lendas da Criação, A Saga dos Orixás", de Rubens Saraceni.
a) Abre o nosso lado sagrado ou interior para, ao rezarmos, nos dirigirmos às divindades e a Deus por meio do lado sagrado ou interno da criação. Essa é a forma da oração silenciosa ou feita em voz baixa. Afinal, quando estamos no lado sagrado e interno dele, não precisamos gritar ou falar alto para sermos ouvidos. Só fala alto ou grita para se fazer ouvir quem se encontra do lado de fora ou profano da criação. Esses são os excluídos ou os que não conhecem os mistérios ocultos da criação e só sabem se dirigir a Deus de forma profana, aos gritos e clamores altíssimos.
b) Ao fazermos o sinal da cruz diante das divindades, abrimos o nosso lado sagrado para que não se percam as vibrações divinas que elas nos enviam quando nos aproximamos e ficamos diante delas em postura de respeito e reverência.
c) Ao fazermos o sinal da cruz diante de uma situação perigosa ou de algo sobrenatural e terrível, fechamos as passagens de acesso ao nosso lado interior evitando que eles entrem em nós e instalem-se em nosso espírito e em nossa vida.
d) Ao cruzarmos o ar, estamos abrindo uma passagem nele para que, por meio dela, o nosso lado sagrado enviem suas vibrações ao lado sagrado da pessoa à nossa frente, ou ao local que estamos abençoando.
e) Ao cruzarmos o solo diante dos pés de alguém, abrimos uma passagem para o lado sagrado dela.
f) Ao cruzarmos uma pessoa, abrimos uma passagem nela para que seu lado sagrado exteriorize-se diante dela e passe a protege-la.
g) Ao cruzarmos um objeto, abrimos uma passagem para o interior oculto e sagrado dele para que ele, por meio desse lado, seja um portal sagrado que tanto absorverá vibrações negativas como irradiará vibrações positivas.
h) Ao cruzarmos o solo de um santuário, abrimos uma passagem para entrarmos nele por meio do seu lado sagrado e oculto, pois se entrarmos sem cruza-lo na entrada, estaremos entrando nele pelo seu lado profano e exterior.
i) Ao cruzarmos algo (uma pessoa, o solo, o ar, etc) devemos dizer as palavras: " Eu saúdo o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda e peço-lhe em nome do meu pai Obaluayê que abra o seu lado sagrado para mim."

Núcleo Umbandista e de Magia Caboclo Flecha Certeira e Pai Manuel de Arruda
Curso: Teologia e Doutrina de Umbanda Sagrada.

Buscando Meu Orixá


“Quando eu andava pelo deserto, eu ouvi uma voz de longe me chamar...”


Ele andava triste, por muito tempo buscava uma resposta para suas aflições religiosas. Temia que sua fé minasse a ponto de não mais bater cabeça... quando aconteceu este encontro. Em meio ao perfume das ervas queimando na brasa, ao som dos atabaques, penumbra iluminada por velas, ele ajoelha e desaba:
- Vovô, já não agüento mais...
- O que te aflige meu fio?
- Vô, eu amo os Orixás, não tenho dúvida. Mas passei por tantas desilusões, fui enganado por pessoas que se diziam mestres no culto aos Orixás, ostentando todo tipo de títulos e artefatos. Sei que de certa forma aprendi coisas, mas no fim sempre uma desilusão...
- Continue meu fio...
Em lágrimas ele recobra o fôlego e prossegue.
- Então meu velho, já deitei pro Santo, já assentei Orixás, já passei por muitos fundamentos quando eu cultuava o Orixá em outro segmento que não era Umbanda. Hoje não sei como fazer, de uns tempos pra cá começou meu Caboclo se manifestar, descobri que amo a Umbanda e este é meu caminho, o Caboclo disse que devo me fundamentar na Umbanda e devo assentar meus Orixás. Acontece que meus assentos foram confiscados pelo meu último Babalaô. Acho que meus Orixás estão bravos, estão me cobrando, tenho certeza!
- Meu fio, o que eles cobram?
- Não sei meu velho.
- Então vois zuncê vai pagar o que nem sabe que deve?
- Veja meu velho, como estou confuso. Acredito que preciso assentar meus Orixás para me acalmar. Como faço isso?
- Hehe...
É meu fio, vois zuncê ta numa encruza mesmo! Intonce, aquiete seu coração, sinta este cheiro de ervas queimando e escuita com atenção o que este velho nego tem pra te fala...
- Meu velho, sou toda atenção, obrigado...
– disse ele em prantos.
- Meu fio, os homens nessa terra tem uma necessidade constante de criar formas para expressar-se, neste caso, o nego vai se ater na religião. Por isso muitas são as formas de cultuar os Orixás, muitas mesmo, e é certo que muitas práticas, nem mesmo sendo tolerante às diferenças, é possível aceitar. Pois meu fio, quando o amor não for o caminho e o bom senso não for o limite, intonce muito problema vai acontecer. Sabe fio, esse velho conheceu os Orixás na antiga áfrica, e lá era tudo muito diferente, simplesmente diferente, não me arriscaria a dizer que melhor, pois assim o nego negaria a evolução constante. Este contato da minha alma com essa luz que chamamos de Orixás mudou a existência do nego, e de tanto que amo e sinto-me bem, após minha passagem para o mundo espiritual, insisti para que Olorum me deixasse perto dos seus Orixás. Sou feliz por isso fio, porque nosso Criador me ouviu. E foi assim que este velho aprendeu algumas coisas simples. Na carne este nego procurou muito os Orixás pela vida, por entre as coisas da Terra, minha Yá tinha ensinado que os Orixás estavam na Natureza, mas como eu não fugia à regra geral, entendia que essa natureza seria o plano físico da arvore, mata, água, fogo, hehe. Como que se eu tendo um pouco da água eu teria “aprisionado” o Orixá. Entendi já aqui no mundo espiritual fio que Orixá não está fora de nós, mas encontra-se dentro. Ele extrapola nossos poros e nos toma por inteiro quando entendemos e reconhecemos isso. Fio, Orixá é a essência de tudo o que você vê, escuta e sente, está muito além destes parcos sentidos humanos e muitíssimo além da nossa razão humana. Mesmo este velho tentando explicar Orixá, cometo um erro, pois sei meu fio, que Orixá não se explica, se sente. Mas como já disse, precisamos criar formas, então fio, que a sua forma seja a mais próxima do abstrato e do sutil, porque assim talvez esteja próximo do que seja Orixá. Por isso meu fio não se apegue tanto às formas de como cultuam ou assentam os Orixás, principalmente quando lhe ensinam métodos que não encontra aceitação no seu coração. Os Orixás falam ao coração, intonce é ele que você deve escutar para saber como encontrará os Orixás. Se, por exemplo, você qué assentar um Orixá das matas, vá numa mata, sinta o cheiro das folhas, toque elas, converse com o Orixá, cante, dance, colha as folha, cipó, raízes, terra, vai pegando um pouquinho do que tem lá, porque isso simboliza o tal Orixá fragmentado na natureza, com isso monte um espaço onde colocará isso e lá você reza pro tal Orixá. Entendeu meu fio?Ele soluçando e enxugando as lágrimas com a voz embargada responde:
- Meu velho, vovô querido, muito obrigado. Agora sinto o Orixá dentro de mim. Entendi sua mensagem e não sei como agradecer.
- Fio não tem de quê. Agora vai ao encontro de si mesmo para encontrar os Orixás. Seja feliz meu fio por entender que da essência só bebe aqueles que amam simplesmente por não saber explicar. E sempre que irmanados os filhos deste plano estiverem, sem máscaras, sem receios, sem pretensões, lá, através do coração sincero de cada um, o Orixá se manifestará. Todos vocês são filhos de Orixá e adotados por todos os Orixás do Universo, somos filhos dos Pai e Mães Celestiais e nada existe sem a relação harmoniosa e contínua de todos Orixás num emaranhado perfeito. E se buscas o “teu” Orixá, então o encontra dentro de ti! Saravá!
E assim, com três estalos de dedo, o Velho sacudiu seu médium, retornando para sua Aruanda, uma sensação de paz profunda pairava no ambiente e o atabaque secou o couro, um silêncio se fez no ar e podia ouvir o crepitar do fogo nas velas, este silêncio eram os Orixás falando ao coração de cada um presente naquela gira.
Ditado por Vovô Benedito
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