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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Será que o médium sabe...



Será que o médium sabe que pode se preparar melhor para o dia dos trabalhos espirituais?
Os médiuns, para bem atenderem em seus trabalhos, devem observar as seguintes recomendações :

* Fazer exercícios respiratórios, se possível, de manhã e perto de campos e matas (parques), a fim de fortalecer-se com a captação de fluídos e de melhor oxigenação do cérebro, muito bom para a saúde.
* Orar sempre, a fim de ficar em contato com Deus, pedindo-lhe o fortalecimento de seus guias espirituais, o perdão de seus erros, a proteção para os trabalhos e prática da caridade.
* Ler, nas horas de folga, um livro instrutivo e positivo sobre Umbanda, Espiritismo, Evangelização, Novo Testamento, ou qualquer livro que traga noções morais e espirituais, reeducando, assim, o próprio espírito.
* Fazer tudo para ter um dia calmo, sem aborrecimentos, sem problemas que lhe afetem o humor e os nervos, sem discussões com outras pessoas. Evite discussões e aborrecimentos fúteis, procure trazer a paz para que ela te acompanhe, preparando-se durante o dia para realizar bons trabalhos mais tarde no terreiro, para dispor então de boa concentração.
* Se as sessões forem à noite, deve-se comer moderadamente no jantar, dando preferência as saladas e outros alimentos leves, para facilitar a incorporação dos guias e protetores.
* Nos dias de sessão, abster-se de carne se possível, além de ser um alimento pesado esta diminui o magnetismo orgânico, enfraquece o teor vibratório e desgasta energias vitais, dificultando as incorporações; se preferir substitua a carne por peixe.
* Não use, nem abuse, de bebidas alcoólicas (certos terreiros proibem terminantemente que os médiuns ingiram bebidas alcoólicas e venham para os trabalhos) a pretexto de aperitivo ou qualquer outra desculpa, a fim de não atrair entidades viciadas para perto de si. Deve-se também, fumar o menos possível.
* Sempre que puder, visite e auxilie os necessitados ou pessoas com problemas, levando-lhe uma palavra de conforto e carinho. Às vezes, a presença do médium, junto a um enfermo, pode ajudar na cura e ao médium pode reforçar sua força e sua fé.
* O médium que estiver doente, é de bom senso que não trabalhe nas sessões. Se sentir-se deprimido, fraco, debilitado ou com esgotamento nervoso deve comparecer aos trabalhos e tomar passes para reativar a vitalização mas nunca dê passes nesse dia.
* A força de seus trabalhos em benefício dos irmãos, depende do seu amor a eles. O lema a ser adotado é "Amar e perdoar; aprender e servir".
* Que a paz e a benção de Oxalá caiam como pétalas de rosas sobre todos os médiuns na prática da caridade.

Todos os direitos são reservados ao Sr. Boiadeiro Rei

Cruzando o Solo



Cruzando o solo: Nos Templos há uma separação chamada de "porteira", que separa os médiuns dos consulentes. Ao chegar nesta porteira ajoelhe-se e faça um sinal da cruz, isto é, o alto, o embaixo, a direita e a esquerda, reverenciando e pedindo licença para entrar. Em seguida dirija-se ao "congá", ajoelhe-se, faça o sinal da cruz e deite-se no solo.

· Batendo a cabeça: Após deitar, toque levemente o solo com a fronte, depois o lado direito e o esquerdo, volte à posição inicial, peça licença ao Divino Pai Olorum, aos Sagrados Orixás e aos Guias Espirituais e faça seus pedidos e agradecimentos e saiba que este ATO é um sinal total de humildade e de entrega física e espiritual, pois a partir deste momento você se coloca como instrumento de Deus, da Lei Maior e da Justiça Divina, tendo plena e total consciência que ali estará para servir e doar e que aonde quer que o seu Dirigente determinar que você "trabalhe" naquele dia, faça com humildade, respeito e devoção, pois você está assumindo conscientemente sua "missão" e entregando o seu livre-arbítrio nas mãos do Divino Criador.

Depois levante-se e dirija-se até aonde está o seu Dirigente Espiritual e se for norma da casa peça a sua benção, cumprimente todos os seus irmãos de fé, coloque-se no seu lugar e a partir deste instante os seus pensamentos estarão direcionados aos "trabalhos" com concentração, SILÊNCIO e respeito, pois o templo já está imantado com suas energias benéficas daquele dia.

Sabiam que o solo (chão) dos Templos é preparado com lavagem tais como: água com sal grosso para descarregar possível condensação energética negativa, água do mar para limpeza e fluidificação cristalina, água da cachoeira para imantação mineral energética, essências, ervas, flores e etc. E o seu dirigente firma as velas do congá, reenergiza as suas firmezas, limpa, lava, colocam-se flores, ervas e etc.

Enfim tudo é preparado para recebê-lo com "AMOR".

Pois a preocupação e a responsabilidade por parte dos Dirigentes Espirituais são inúmeras, porque horas antes da sua chegada o templo já estava sendo firmado e preparado com muita fé e devoção, para que aquele dia seja formada mais uma egrégora de total união e fraternidade para o trabalho Maior da nossa Umbanda Sagrada:

"A CARIDADE"...

O Ato de Cruzar


O ATO DE CRUZAR
(SOLO, IMAGENS, COLARES, ETC)...

Quando cruzamos qualquer objeto estamos na realidade tornando-o Divino, pois o mesmo armazenará energias do Guia espiritual ou Orixá, que o imantou (cruzou).
Quando cruzamos o solo à nossa frente estamos reverenciando as nossas forças e ou as forças da casa, ponto de força na natureza e etc.
Temos uma diferença ao cruzar o solo: O Alto, O Embaixo, À Direita (esquerda) e À Esquerda (direita), pois quando dizemos primeiro: A Direita estamos nos direcionado as forças assentadas na casa, ou do ponto de força na natureza, quando dizemos o inverso estamos reverenciando as nossas forças.
O ato de fazer o sinal da cruz tem diversos significados entre eles podemos salientar alguns que extraímos do livro "Lendas da Criação, A Saga dos Orixás", de Rubens Saraceni.
a) Abre o nosso lado sagrado ou interior para, ao rezarmos, nos dirigirmos às divindades e a Deus por meio do lado sagrado ou interno da criação. Essa é a forma da oração silenciosa ou feita em voz baixa. Afinal, quando estamos no lado sagrado e interno dele, não precisamos gritar ou falar alto para sermos ouvidos. Só fala alto ou grita para se fazer ouvir quem se encontra do lado de fora ou profano da criação. Esses são os excluídos ou os que não conhecem os mistérios ocultos da criação e só sabem se dirigir a Deus de forma profana, aos gritos e clamores altíssimos.
b) Ao fazermos o sinal da cruz diante das divindades, abrimos o nosso lado sagrado para que não se percam as vibrações divinas que elas nos enviam quando nos aproximamos e ficamos diante delas em postura de respeito e reverência.
c) Ao fazermos o sinal da cruz diante de uma situação perigosa ou de algo sobrenatural e terrível, fechamos as passagens de acesso ao nosso lado interior evitando que eles entrem em nós e instalem-se em nosso espírito e em nossa vida.
d) Ao cruzarmos o ar, estamos abrindo uma passagem nele para que, por meio dela, o nosso lado sagrado enviem suas vibrações ao lado sagrado da pessoa à nossa frente, ou ao local que estamos abençoando.
e) Ao cruzarmos o solo diante dos pés de alguém, abrimos uma passagem para o lado sagrado dela.
f) Ao cruzarmos uma pessoa, abrimos uma passagem nela para que seu lado sagrado exteriorize-se diante dela e passe a protege-la.
g) Ao cruzarmos um objeto, abrimos uma passagem para o interior oculto e sagrado dele para que ele, por meio desse lado, seja um portal sagrado que tanto absorverá vibrações negativas como irradiará vibrações positivas.
h) Ao cruzarmos o solo de um santuário, abrimos uma passagem para entrarmos nele por meio do seu lado sagrado e oculto, pois se entrarmos sem cruza-lo na entrada, estaremos entrando nele pelo seu lado profano e exterior.
i) Ao cruzarmos algo (uma pessoa, o solo, o ar, etc) devemos dizer as palavras: " Eu saúdo o seu alto, o seu embaixo, a sua direita e a sua esquerda e peço-lhe em nome do meu pai Obaluayê que abra o seu lado sagrado para mim."

Núcleo Umbandista e de Magia Caboclo Flecha Certeira e Pai Manuel de Arruda
Curso: Teologia e Doutrina de Umbanda Sagrada.

Buscando Meu Orixá


“Quando eu andava pelo deserto, eu ouvi uma voz de longe me chamar...”


Ele andava triste, por muito tempo buscava uma resposta para suas aflições religiosas. Temia que sua fé minasse a ponto de não mais bater cabeça... quando aconteceu este encontro. Em meio ao perfume das ervas queimando na brasa, ao som dos atabaques, penumbra iluminada por velas, ele ajoelha e desaba:
- Vovô, já não agüento mais...
- O que te aflige meu fio?
- Vô, eu amo os Orixás, não tenho dúvida. Mas passei por tantas desilusões, fui enganado por pessoas que se diziam mestres no culto aos Orixás, ostentando todo tipo de títulos e artefatos. Sei que de certa forma aprendi coisas, mas no fim sempre uma desilusão...
- Continue meu fio...
Em lágrimas ele recobra o fôlego e prossegue.
- Então meu velho, já deitei pro Santo, já assentei Orixás, já passei por muitos fundamentos quando eu cultuava o Orixá em outro segmento que não era Umbanda. Hoje não sei como fazer, de uns tempos pra cá começou meu Caboclo se manifestar, descobri que amo a Umbanda e este é meu caminho, o Caboclo disse que devo me fundamentar na Umbanda e devo assentar meus Orixás. Acontece que meus assentos foram confiscados pelo meu último Babalaô. Acho que meus Orixás estão bravos, estão me cobrando, tenho certeza!
- Meu fio, o que eles cobram?
- Não sei meu velho.
- Então vois zuncê vai pagar o que nem sabe que deve?
- Veja meu velho, como estou confuso. Acredito que preciso assentar meus Orixás para me acalmar. Como faço isso?
- Hehe...
É meu fio, vois zuncê ta numa encruza mesmo! Intonce, aquiete seu coração, sinta este cheiro de ervas queimando e escuita com atenção o que este velho nego tem pra te fala...
- Meu velho, sou toda atenção, obrigado...
– disse ele em prantos.
- Meu fio, os homens nessa terra tem uma necessidade constante de criar formas para expressar-se, neste caso, o nego vai se ater na religião. Por isso muitas são as formas de cultuar os Orixás, muitas mesmo, e é certo que muitas práticas, nem mesmo sendo tolerante às diferenças, é possível aceitar. Pois meu fio, quando o amor não for o caminho e o bom senso não for o limite, intonce muito problema vai acontecer. Sabe fio, esse velho conheceu os Orixás na antiga áfrica, e lá era tudo muito diferente, simplesmente diferente, não me arriscaria a dizer que melhor, pois assim o nego negaria a evolução constante. Este contato da minha alma com essa luz que chamamos de Orixás mudou a existência do nego, e de tanto que amo e sinto-me bem, após minha passagem para o mundo espiritual, insisti para que Olorum me deixasse perto dos seus Orixás. Sou feliz por isso fio, porque nosso Criador me ouviu. E foi assim que este velho aprendeu algumas coisas simples. Na carne este nego procurou muito os Orixás pela vida, por entre as coisas da Terra, minha Yá tinha ensinado que os Orixás estavam na Natureza, mas como eu não fugia à regra geral, entendia que essa natureza seria o plano físico da arvore, mata, água, fogo, hehe. Como que se eu tendo um pouco da água eu teria “aprisionado” o Orixá. Entendi já aqui no mundo espiritual fio que Orixá não está fora de nós, mas encontra-se dentro. Ele extrapola nossos poros e nos toma por inteiro quando entendemos e reconhecemos isso. Fio, Orixá é a essência de tudo o que você vê, escuta e sente, está muito além destes parcos sentidos humanos e muitíssimo além da nossa razão humana. Mesmo este velho tentando explicar Orixá, cometo um erro, pois sei meu fio, que Orixá não se explica, se sente. Mas como já disse, precisamos criar formas, então fio, que a sua forma seja a mais próxima do abstrato e do sutil, porque assim talvez esteja próximo do que seja Orixá. Por isso meu fio não se apegue tanto às formas de como cultuam ou assentam os Orixás, principalmente quando lhe ensinam métodos que não encontra aceitação no seu coração. Os Orixás falam ao coração, intonce é ele que você deve escutar para saber como encontrará os Orixás. Se, por exemplo, você qué assentar um Orixá das matas, vá numa mata, sinta o cheiro das folhas, toque elas, converse com o Orixá, cante, dance, colha as folha, cipó, raízes, terra, vai pegando um pouquinho do que tem lá, porque isso simboliza o tal Orixá fragmentado na natureza, com isso monte um espaço onde colocará isso e lá você reza pro tal Orixá. Entendeu meu fio?Ele soluçando e enxugando as lágrimas com a voz embargada responde:
- Meu velho, vovô querido, muito obrigado. Agora sinto o Orixá dentro de mim. Entendi sua mensagem e não sei como agradecer.
- Fio não tem de quê. Agora vai ao encontro de si mesmo para encontrar os Orixás. Seja feliz meu fio por entender que da essência só bebe aqueles que amam simplesmente por não saber explicar. E sempre que irmanados os filhos deste plano estiverem, sem máscaras, sem receios, sem pretensões, lá, através do coração sincero de cada um, o Orixá se manifestará. Todos vocês são filhos de Orixá e adotados por todos os Orixás do Universo, somos filhos dos Pai e Mães Celestiais e nada existe sem a relação harmoniosa e contínua de todos Orixás num emaranhado perfeito. E se buscas o “teu” Orixá, então o encontra dentro de ti! Saravá!
E assim, com três estalos de dedo, o Velho sacudiu seu médium, retornando para sua Aruanda, uma sensação de paz profunda pairava no ambiente e o atabaque secou o couro, um silêncio se fez no ar e podia ouvir o crepitar do fogo nas velas, este silêncio eram os Orixás falando ao coração de cada um presente naquela gira.
Ditado por Vovô Benedito

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Assentamento para os Baianos


“Lá na Bahia não se brinca com Baiano... Quebra coco, arrebenta a sapucaia, quero ver quem pode mais...” Saravá os Baianos. Quando estes chegam ao terreiro é só festa, mas saiba uma festa séria, com sentido e bom senso. Com a alegria e o desprendimento típico baiano, estes mensageiros conseguem desbloquear nossas defesas e nos envolvem em seus trabalhos, conseguindo assim com seu jeitinho o objetivo que é falar ao nosso coração.
Penso que o Sr. Zé da Peixeira já deixou bem claro como se fundamenta a Linha dos Baianos, que não é composta só por baianos, mas sim por brasileiros. Vale reforçar que quando vemos em algumas regiões manifestando gaúchos tomando chimarrão, noutro capixaba etc., ali temos espíritos daquela região usando a forma local para melhor se aproximar dos fiéis, porém estão sustentados pelo Grau Baiano.


Assentamento da Linha de Baianos:

Materiais:

01 Alguidar médio;
14 coquinhos;
01 coco seco;
07 fitas do Senhor do Bom Fim;
Azeite de Dendê;
01 Quartinha;
01 copo de Batida de coco;
01 cigarro de palha;
01 vela 7 dias bicolor amarelo/preto.

Encha até a metade da quartinha com azeite de dendê, feche e amarre uma fita de cada vez dando 7 nós fazendo seus pedidos e orações, ao amarrar faça o nó uma fita do lado da outra, para ficar envolvendo toda a quartinha como se tornasse uma saia. No alguidar coloque o coco, envolta do coco coloque os 14 coquinhos. O copo de batida fica ao lado da vela, acenda o cigarro de palha e dê três baforadas, toda semana você firma este assentamento acendendo uma vela palito bicolor amarelo/preto.

Oração de assentamento:

“Divino Criador, Divinas Forças Naturais, Divinos Orixás, neste momento vos evoco e peço que imante este assentamento, consagre e o torne um portal por onde os baianos do astral possa se manifestar, servindo de minha proteção e chave de acesso aos africanos de acordo com o meu merecimento. Peço que a força dos baianos esteja presente e receba minhas vibrações.”

Ps.: Este é um assentamento universal para a Linha dos Baianos, que pode ser consagrado a um Baiano específico ou deixar aberta de forma universal. Faça isto com fé e amor, terá ótimos resultados.

Salve todos os santos da Bahia!

As Curimbas



As Curimbas


Um dos fundamentos de vital importância para a harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista é, sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas). Outro é o fundamento dos pontos riscados ou Lei de Pemba.
Esses fundamentos surgiram na ritualística sagrada a partir do momento que o homem sentiu necessidade de buscar o sagrado através do elo que poderia dar a ele a chance de se libertar do materialismo e do vazio que existia em sua alma tão sofrida por seus erros.
Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi à música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Pois como eu já escrevi em outro artigo, a musica é sagrada e foi com ela que o Criador fez tudo que existe no universo. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo sócio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.
A Umbanda, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras do Brasil, observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magisticos. Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
Capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes, que são as principais e que, por influência dos Preto-Velhos, receberam os nomes de Orixás, sendo que a irradiação ou linha de Oxalá, a Umbanda e o Candomblé precedem todas as demais, razão pela qual as comandam. Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magisticos, de forma que o responsável pela curimba deve ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.
Tem-se visto pessoas determinadas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quem conhece bem a Astrologia Horária e a profundidade do Esoterismo sabe muito bem disso.
Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente). Os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois se constituem em termos harmoniometricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins. Ou seja, assim como não se pode jamais mudar o signo de uma pessoa, não podemos também mudar o signo cabalístico de uma Entidade Espiritual. No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso, fé e amor de quem os compõe.
No entanto na maioria das vezes, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto e tristeza. São composições totalmente destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores Umbandistas.
Cantam curimbas por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Bombogira (Pomba-Gira) é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que o Orixá Nanã mora na lama dos rios; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais. Só levando em conta a parte lendária dessas Vibrações e se esquecendo do lado místico que realmente serve a Ritualística Sagrada. Mas em algumas ocasiões dependendo das necessidades de adaptações carmicas essas curimbas poderá até ter um efeito significativo, pois elas de certa forma falam de uma parte da historia das Entidades em seus caminhos evolutivos.
Outra coisa que se nota é que falta caridade e colaboração entre os irmãos umbandistas; sendo que alguns sacerdotes se acham donos de pontos cantados dizendo que só poderão ser entoados nos terreiros deles. Assim se esquecem que a Umbanda é universal. O que nunca se pode fazer é modificarem pontos que podem ser de raiz, estão sujeitos a serem desmascarados quando alguém toma conhecimento da origem e da real letra das curimbas. Mas o que incita a essas praticas de plagio é o egoísmo e a falta de união entre os irmãos de fé.
A finalidade dos pontos se encerram em: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação;Pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá e outros mais, consoante à finalidade a que se destinam.
As curimbas, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvos de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que às utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Preto-Velhos, Caboclos, Exus e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda. Por isso quem sabe deve ensinar a quem não sabe e deixar de egoísmo ou egocentrismo, como se fossem a representação do orixá na Terra! A palavra principal é Humildade! Sem estrelismo.

A TRISTEZA DE PAI BENGUELÉ


Já fazia aproximadamente muitos anos que aquele médium assistia ao Pai Benguelé trabalhar naquela casa, afinal ele começara sua caminhada espiritual pelas mãos daquele pretinho, e toda a sua coroa foi se revelando pelos desenvolvimentos ministrados por ele, um após outro. E foi exatamente por conhecê-lo e saber da alegria daquele velhinho trabalhando é que o médium estranhou ao lhe ver taciturno.

Muito timidamente se achegou ao velhinho que ao perceber a sua chegada falou mansamente, chega cá fio, dá um abraço nesse nego veio. Ao se ajoelhar ele percebeu a tristeza que se estampava na face espiritual do bom velhinho e lhe perguntou:


Meu pai, eu nunca vi o senhor dessa maneira, externando tamanha tristeza, o que lhe acabrunha?


E o velhinho com os olhos marejados acaricia a cabeça daquele filho que sempre esteve junto a ele em todos os trabalhos mais importantes da casa, de demandas, de saúde e muitos outros, com candura começa a falar ao médium:


Fio o que Nego Véio está sentindo é algo muito profundo, foi se formando ao longo de muito tempo, e por mais que esse Véio avisasse ao meu Cavalo ele não consegue mais ouvir as minhas palavras, tudo tem se perdido no vento.

Toda aquela preocupação que meu fio tinha em cuidar de cada médinho separadamente, cada um com o seu carma, cada um com o seu problema, foi abandonada, totalmente esquecida, hoje meu fio trata tudo como se fosse um balaio de gato, como se todo mundo fosse iguá, todo mundo fosse fio do mesmo Pai e da mesma Mãe .

E aí o que acontece?

Meus fios tão cheios de quizila, marido e muié se separando, abandonando seus fios, irmãos de sangue em contenda e na casa a lei e a doutrina de Zambi e da Umbanda não está sendo cumprida.

As entidades da casa revela aos fios que vem em busca de ajuda, que as coisas que estão acontecendo na vida deles é por causa da sua missão espirituá e que eles precisam botar roupa branca e cumprir com essa missão, explica que eles precisam se desenvolver para que os seus santinhos possam chegar e prestar caridade, que precisam de estudo para facilitar essa caminhada e para meus fios saber separar o joio do trigo, afastando os zombeteiros, a mistificação e o animismo e que sem isso meus fios serão presas fáceis para qualquer obsessor, fazendo com que meus fios deixem de cumprir com as regras estabelecidas pela espiritualidade e que deve ser respeitada.

Aí os médinhos entram pra casa, e na primeira semana eles até cumprem com as regras, mais a partir daí eles começam a declinar, inventado desculpas para não cumprir com as obrigações da casa, que não tem tempo, que é o trabaio, que é o estudador.

Aí eles acabam indo somente no trabalho em que eles podem ser usados, nas sessões, justamente onde eles se deixam arrastar pelos desejos incontidos, até então freados, querendo beber, querendo fumar, pegando tudo que lhes vem a cabeça, com home querendo ser muié e muié querendo ser home, com a coluna curvada de tanta guia, uns querem chegar fantasiados, muitos nem tomam seus banhos de ervas, e quando chegam na casa, ao invés de se concentrar, de mentalizar seus mentores, eles discutem e riem em altos brados, abrindo seus espaços para entrada do lixo espiritual que busca espaço naqueles que ainda se encontram fragilizados.

E aí, o que faz meu cavalo?

Coitado ele ta tão preocupado com as festas, com os quitutes, com os convidados, com a quantidade que ta entrando e nem repara os que tão saindo, alguns pior do que quando entraram.

Então o que Nego Véio tem que fazer depois de tanto falar?

Deixar meu fio caminhá com seu livre-arbítrio, destruindo em anos o que a espiritualidade construiu em séculos, é muito triste e só resta a Nego Véio a esperança que meu fio volte a enxergá, que afaste do seu caminho a vaidade, o orgulho e o egoísmo e lembre do trato que ele fez com esse preto há tanto tempo.

Quanto a suncês Nego Véio espera que se unam cada vez mais em amor para com o próximo como disse Jesus, caridade a cada dia, de pensamentos e de obras, cada um tira a trave em seu próprio olho e deixa que Pai Benguelé tira a trave do olho desse fio cego.


Perdoa Nego Véio meus fios.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Oração aos Baianos



Deus na frente
Paz na guia
Te encomendo
A Deus
E a virgem Maria
Que seu corpo não presonem morto e derrubado
Nem teu sangue derramado
Andarás no meio de seus inimigos
Com prazer e alegria assim como nosso Senhor
Jesus Cristo andou no ventre da
Sempre Virgem Maria

Os Baianos


...Os fundadores da Umbanda são caboclo e preto-velho, que no astral fizeram escola, com o tempo se assentaram ao seu lado outros povos de trabalho, vemos hoje muito bem assentados dentro do contexto Umbandista as figuras do boiadeiro, marinheiro, baiano e cigano além das crianças, exú e pomba-gira.
... Todos são excelentes trabalhadores e cada “grupo de trabalho” tem a sua maneira de atuar, no astral a linha de trabalho (povo a que pertence) e o nome que eles carregam representa respectivamente o grau e a força em que a entidade guia está assentada.
... No caso os Baianos formam uma corrente de entidades que ao desencarnar, apesar da afinidade com o culto ao Orixá (muitos foram sacerdotes), não tinham o grau de preto-velho, estabeleceram uma egrégora de trabalhadores do astral que com o tempo reconhecida pela Umbanda passaram a ter a oportunidade do trabalho ativo e incorporante, acharam por bem batizar como linha dos Baianos como homenagem a origem dos primeiros formadores desta corrente e a Terra que tão bem acolheu o Orixá no Brasil.
... São muito ativos, despachados e descontraidos. Bons orientadores e doutrinadores, tem facilidade em lidar com o desmanche dos trabalhos de kimbanda e magia negra. Usam colares de cocos e sementes. Tendo na sua forma de trabalhar muito das qualidades de Iansã, por serem movimentadores e irriquietos, combinam esta forma de trabalhar com sua natureza onde cada um se mostra regido por um Orixá diferente assim trazendo para a gira a força das sete linhas da Umbanda.
...Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou no ponto de força do Orixá que rege o baiano a ser oferendado. Gostam de festas comidas tipicas da Bahia e batida de coco. ...Como comprimento dizemos simplesmente: “É da Bahia meu Pai... Salve a Bahia” ou simplesmente “Salve os baianos”.

Salve o Povo da Bahia!

- É PRA BAHIA, MEU PAI!

A Linha dos Baianos é formada por Espíritos alegres, brincalhões e descontraídos. Gostam muito de desmanchar demandas. São conselheiros e orienertadores e gostam muito dos rituais em que trabalham, girando e dançando com passos próprios.
Agradecem às festas que lhe são oferecidas; bebem batida de coco e comem comidas típicas da cozinha baiana.
Os Baianos que se apresentam na Umbanda são Espíritos ligados ao Nordeste do nosso País, que viveram ou passaram parte de sua vida em Estados dessa região. Tiveram suas lições e aprenderam muito com os Mestres do Catimbó e da Pajelança. São os Espíritos responsáveis pela “esperteza” do homem em sua jornada terrena.
O Povo Baiano vem ao Terreiro para trazer seu Axé, sua Energia Positiva. A gira é sempre muito animada. São Entidades que tem muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para nossas questões. Com seus cocos, azeite de dendê, comidas e cantigas típicas da região, realizam trabalhos em prol da evolução espiritual de todos. Por terem vivido em épocas mais recentes, são Espíritos mais próximos de nós.
Na Linha de Baianos, enquadram-se também os Espíritos de Marinheiros, que tem sua ligação com o mar e Iemanjá, e os Caboclos Boiadeiros, que foram trabalhadores do Sertão Nordestino.
Também desce na Linha de Baianos o nosso amigo Sr. Zé Pelintra, que é Mestre do Catimbó e que também trabalha nas Linhas de Exu e Preto Velho. Suas rezas, comidas, bebidas e danças, são apropriados para cada ocasião.
No desenvolvimento de suas giras, os Baianos trazem como mensagem a forma e o saber lidar com as adversidades de nosso dia-a-dia, com a alegria, a flexibilidade, a magia e a brincadeira sadia.
Médiuns introspectivos, quando incorporados de seu Baiano ou Baiana acabam se libertando e demonstrando alegria e descontração. Outros, que já são descontraídos por sua própria natureza, aprendem a desenvolver com seus Baianos outras qualidades, como a força de viver diante dos problemas e situações cotidianas e o amparo ao próximo, transformando a tristeza em alegria e esperança. O que se pode dizer é que estamos sempre aprendendo com os Baianos.
As Linhas de Baianos, assim como as de Boiadeiros, são consideradas Auxiliares, de Trabalho ou Do Meio, com suas Legiões e Falanges. São oriundas de manifestações de regiões brasileiras dentro da Linha de Caboclos.
Baianos e Boiadeiros costumam trabalhar para o descarrego e o equilíbrio. O dia dedicado a eles depende de cada região, costume e devoção:
Dia 09 de abril, Sr. Zé Pelintra – Linha de Baianos, 25 de novembro, dia das Baianas, 13 de julho, Santo Antonio – Boiadeiros de Ogum etc.
MANIFESTAÇÃO DOS BAIANOS EM TERREIROS PAULISTAS
Nas décadas de 50 e 60, ao mesmo tempo em que a Umbanda se firmava em São Paulo, via-se crescer o fluxo migratório do Nordeste; esse grande êxodo acabou por transformar a cidade em uma das maiores metrópoles do mundo. Nesse grande fluxo destacaram-se os nordestinos, que vieram para trabalhar na Construção Civil e na Indústria Automobilística, então em grande expansão.
Popularmente, na cidade de São Paulo o nordestino sempre foi associado ao trabalho duro, pobreza e analfabetismo, restando a ele os bairros mais periféricos e as regiões mais precárias para morar.
Com todos os problemas decorrentes do exagerado crescimento populacional, sempre se buscou um “culpado”, todos sempre se voltaram contra o “intruso”, o “cabeça chata”, o ignorante nordestino.
Em São Paulo, assim como todo oriental é rotulado de “japonês”, todo nordestino é pejorativamente chamado de “baiano”, com todo caráter negativo que se tornou inerente a essa expressão.
Surpreendentemente, nos Terreiros de Umbanda paulistas o Baiano conseguiu alcançar grande popularidade. Como a Umbanda sempre caracterizou-se por abrigar Espíritos de diversas correntes, essas Entidades Nordestinas foram sempre muito bem acolhidas. O caráter de luta e irreverência do nordestino migrante parece ter sido o fator mais importante para sua aceitação dentro dos Terreiros.
Durante as giras sempre dão demonstrações de intensa alegria, apresentando fortes traços regionais, usando chapéus de couro ou palha, lembrando os Cangaceiros. Com seu jeito valente, não levam desaforo para casa. Por outro lado, possuem também características de pacientes, e todos gostam de ouvir seus conselhos. Costumam ser também carinhosos, e passam sempre segurança.
Essas diferenças de comportamento podem ser observadas em regiões distintas da cidade; enquanto num Terreiro de um bairro mais periférico observa-se uma incorporação de Baiano com características mais duras, em que parecem ser mais briguentos e falam muito alto, em um Terreiro localizado em um bairro de classe média a incorporação de Baiano é mais mansa e a Entidade manipula essências aromáticas, ervas, flores e velas coloridas. Sob esse aspecto, podemos observar que tudo vai depender da forma de trabalho do chefe da casa e de seus médiuns.
Apesar das diferenças, todos têm em comum a popularidade. São muito queridos e fazem sucesso em realidades sociais distintas.


É da Bahia meu Pai!


Ele nasceu Francisco, mas cedo virou Chico.
Nascido em família pobre viviam modestamente no sertão baiano, seus pais lavradores, seus nove irmãos, um velho cachorro que outrora era de caça, mas há muito tempo nada mais havia para caçar. Chico vivia em meia a seca e a miséria do sertão. Era um menino esperto e querido por todos do povoado. Não tinha estudo, mas era esperto que só. Estava sempre pronto a ajudar do jeito que fosse. Mas por vezes Chico sumia e ninguém conseguia achar o menino. Voltava no outro dia e encontrava pai e mãe desesperados, não raro apanhava por isso. Contava que se embrenhava no mato e acabara por encontrar vários indiozinhos, com os quais fizera sólida amizade. A família jamais acreditava nele, pois todos sabiam que índio por ali não tinha há décadas. Outras vezes o menino vinha falando numa língua estranha, e o povo achava que tava ficando demente Chico sumia com bastante freqüência, e alem dos amigos indiozinhos imaginários agora dizia conhecer velhos escravos. E de fato aquelas terras já haviam sido prosperas e muitos escravos passaram por lá, mas isso também acabara com o tempo.
E assim o menino Chico ia crescendo, e cada vez mais preocupando a família. Será que o menino tava ficando louco? Um dia a avó de Chico ficou doente, então o pai do menino mesmo tendo enorme dificuldade o trouxe para morar com eles "onde comem dez comem onze".Foi então aconteceu um fato que marcaria profundamente o menino. Numa noite de lua sua vó passava muito mal, então ele se meteu no mato e quando voltou trazia consigo varias ervas, que pediu a sua Mãe para transformá-las em chá. Sua vó tomou a beberagem e sarou por completo. Para alegria de toda a família. Mas como é que um menino de 7 anos poderia conhecer tais ervas? Em sua inocência Chico confessou que foram seus amigos índios que lhe ensinaram. Dessa vez ninguém ousou bater nele. E sua vó que até então nada sabia das histórias, chamou Chico do lado e segredou:
"_ meu filho isso que tu vê não é ser vivente, mas espíritos que te acompanham, segue eles meu neto, pois são de luz, e se estão com tu é porque é de seu merecimento".
E assim fez. Chico sempre no mato onde ninguém sabia e lá foi aprendendo coisas. O tempo passando ele já adolescente, ajudando e dando conselhos a toda gente, era mal de quebranto, era verme, era mal de amor, tudo vinha parar no pé de Chico. A notícia se espalhou e muitos vieram ter com Chico e para todos, ele tinha um conselho, uma reza, uma planta. Ate que o coronel dono das terras soube da historia e nada gostou. Resolve ter com o pai do menino, disse que em suas terras feiticeiro não vivia e acompanhado de capangas exigiu: ou o menino se mudava ou ele expulsaria a família toda. Não tendo escolha mesmo a contra gosto da família o jovem se foi numa noite estrelada, tendo como testemunha e companhia dos amigos que só ele via. E assim foi seguindo sertão adentro, ajudando a quem quer que fosse e recebendo comida e amor como paga. Não viu a infância passar, também nada percebeu da adolescência, e virou adulto sem perceber. Não tinha conta de quantas cidades conhecia, foram anos de peregrinação e saudade da família, mas sabia que pai, mãe, a avó, e alguns irmãos já estavam no plano espiritual, pois em sonho sempre que alguém dos seus ia falecer ele via um homem com roupa de palha e uma linda mulher vestida de vermelho trazendo pela mão o parente que se ia. E Chico chorava sozinho e pedia a DEUS proteção para eles. Agora Chico se estabelecera numa casa de pau a pique no meio do mato. E muita gente do local acorria ate ele, e sempre que isso acontecia, ele via seus amigos espíritos, e muitas vezes, via que eles entravam em seu corpo e ele a tudo assistia, maravilhado e agradecido. E assim a fama do já então pai Chico se espalhava pelo sertão afora. Hoje à noite está linda como a muito ele não via, seus amigos do mundo espiritual mostram que ele terá visita. E assim ocorre; não tarda a aparece por lá um velho e rico senhor acompanhado de seu neto que esta muito doente e que doutor nenhum consegue lhe ajudar. Chico percebe que o menino esta acompanhado de espíritos maus. Mas ele pede força a Deus e aos seus mentores, e com rezas, folhas, e certos apetrechos, consegue como por milagre curar o menino. O velho fazendeiro chora emocionado e só agora Chico percebe que ele não lhe é estranho. Sim!Trata-se do fazendeiro que expulsou o então menino Chico de suas terras. O homem também descobre isso e de joelhos pede perdão. Chico emocionado diz ao velho homem que todos na terra merecem perdão e que não seria ele soldado de Oxalá a negar. De tão contente o fazendeiro implora a Chico que volte para a velha fazenda e assuma parte das terras da fazenda. E assim foi feito, ao retornar ele transformou a casa dos falecidos pais em um terreiro de Umbanda que funcionou ate o dia em que ele foi passear na mata para não mais voltar. Ninguém achou o corpo dele e a noticia se espalhou: Chico se encantara! Dizem que muitas pessoas em noite de lua ouvem o seu canto e suas rezas alegres. O tempo passa rápido e Chico agora mora em Aruanda, tem muitos filhos que lhe servem de aparelho incorpora em todos com amor e carinho e procura continuar levando avante a bandeira da caridade. Na giras de Baiano ele é sem duvida uma das entidades mais alegres e prestativas tem especial predileção por uma moça filha de Oxum que ele sabe ser ótima médium e carregar linda baiana; e embora a moça tema a incorporação, tem missão e logo será também médium ao lado do pai que é cavalo de Chico Baiano.
E assim segue a Umbanda com seus espíritos de luz e sempre prestando a caridade.
SARAVA A BAIANADASALVE CHICO BAIANO!!!
Autor: Cássio Ribeiro

sábado, 22 de novembro de 2008

Obaluaê / Omulu

Obaluaê / Omulu

Obaluaê quer dizer "rei e dono da terra" sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol - calor que lembra a febre das doenças infecto-contagiosas.
Conta-se em Ibadã que Obaluaê teria sido antigamente o Rei dos Tapás. Uma lenda de Ifá confirma esta última suposição. Obaluaê era originário de Empê - Tapá e havia levado seus guerreiros em expedição aos quatros cantos da terra. Uma ferida feita por suas flechas tornava as pessoas cegas, surdas ou mancas.
Obaluaê representa a terra e o sol, aliás, ele é o próprio sol, por isso usa uma coroa de palha (azê) que tampa seu rosto, porque sem ela as pessoas não poderiam olhar para ele. Ninguém pode olhar o sol diretamente. Está fortemente relacionado os troncos e os ramos das árvores e transporta o axé preto, vermelho e branco. Sua matéria de origem é a terra e, como tal, ele é o resultado de um processo anterior. Relaciona-se também com os espíritos contidos na terra. O colar que o simboliza é o ladgiba, cujas contas são feitas da semente existente dentro da fruta do Igi-Opê ou Ogi-Opê, palmeiras pretas. Usa também bradga, um colar grande de cauris.
Obaluaê é o patrono dos cauris e do conjunto dos 16 búzios, que reina do instrumento ao sistema oracular: o brendilogun, que lhe pertence. Seu poder está extraordinariamente ligado à morte. Oba significa Rei (Oni), Ilu espíritos e Aiyê (significa terra), ou seja, Rei de Todos os Espíritos do Mundo. Ele lidera e detém o poder dos espíritos e dos ancestrais, os quais o seguem. Oculta sob o saiote o mistério da morte e do renascimento (o mistério do gênesis). Ele é a própria terra que recebe nossos corpos para que vire pó.
Obaluaê mede a riqueza com cântaros, mas o povo esqueceu-se de sua riqueza e só se lembra dele como o Orixá da moléstia. Afirmam-se em registros bibliográficos ser Omolu e Obaluaê um só Orixá em dois estágios: Obaluaê (o Moço) significa o "Dono da Terra da Vida"; Omolu (o Velho) significa o "Filho-da-Terra". É o médico dos pobres; o senhor dos cemitérios. Usa o aze (capacete de pele da Costa) ou o filah (capuz de palha da Costa) e carrega na mão o xaxará (feixe de fibra de palmeira, enfeitado com búzios). Seu dia é a segunda-feira. Sua comida forte é o doburu (pipocas sem sal, coco fatiado e regado com mel).
Registra-se 12 qualidades atribuídas a esse Orixá, que também é considerado o mais antigo do Panteão Afro, sendo as mais conhecidas: Sapata, Xapanan, Xankpanan, Babalu, Azoane, Ajagum, Ajunsun e Avimage.
Lendas
Era um guerreiro terrível que, seguido de suas tropas, percorria o céu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham à sua passagem. Seus inimigos saíam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Xapanã em território Mahí, no Daomé. A terra dos Mahis abrangia as cidades de Savalú e Dassa Zumê. Quando souberam da chegada iminente de Xapanã, os habitantes desta região, apavorados, consultaram um adivinho. E assim ele falou: Ah! O Grande Guerreiro chegou de Empê! Aquele que se tornará o senhor do país! Aquele que tornará está terra rica e próspera chegou! Se o povo não o aceitar, ele o destruirá! É necessário que supliquem a Xapanã que os poupe. Façam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijão, farinha de milho, azeite de dendê, picadinho de carne de bode e muita, muita pipoca! Será necessário também que todos se prosternem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconheça como pai, Xapanã não o combaterá, mas protegerá a todos! Quando Xapanã chegou, conduziu seus ferozes guerreiros, os habitantes de Savalú e Dassa Zumê reverenciaram-no, encostando suas testas no chão, e saudaram-no: "Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!" "Respeito e Submissão!" Xapanã aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Está bem! Eu os pouparei! Durante minhas viagens, desde Empê, minha terra natal, sempre encontrei desconfiança e hostilidade. Construam para mim um palácio. É aqui que viverei a partir de agora!" Xapanã instalou-se assim entre os Mahis. O país prosperou e enriqueceu e o Grande Guerreiro não voltou mais a Empê, no território Tapá, também chamado Nupê.
XXXXX
Por prudência, é preferível chamá-lo Obaluaê, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omulu, o "Filho do Senhor". Quando Xapanã instalou-se entre os Mahis recebeu, em uma nova terra, o nome de Sapatá. Aí, também, era preferível chamá-lo Ainon, o "Senhor da Terra", ou, então, Jeholú, o "Senhor das pérolas". O fato de ser chamado Jeholú e Ainon causou mal-entendidos entre Sapatá e os reis do Daomé, pois eles também usavam estes títulos. Enciumados, os Jeholú de Abomey expulsaram, várias vezes, Jeholú Ainon do Daomé e obrigaram-no a voltar momentaneamente, à terra dos Mahis. Jeholú Ainon vingou-se: vários reis daomeanos morreram de varíola! Atotô!
XXXXX
Obaluaê era muito mulherengo e não obedecia a nenhum mandamento que fosse. Numa data importante, Orunmilá advertiu-o que se abstivesse de sexo, o que ele não cumpriu. Naquele mesmo dia possuiu uma de suas mulheres. Na manhã seguinte despertou com o corpo coberto de chagas. Suas mulheres pediram a Orunmilá que intercedesse junto a Olodumare, mas este não perdoou Obaluaê, que morreu em seguida. Orunmilá usando o mel de Oxum, despejou-o por sobre todo o palácio de Olodumare. Este, deliciado, perguntou a Orunmilá quem havia despejado em sua casa tal iguaria. Orunmilá disse-lhe que havia sido uma mulher. Todas as divindades femininas foram chamadas, mas faltava Oxum, que confirmou ao chegar que era seu aquele mel. Olodumare pediu-lhe mais, ao que Oxum lhe fez uma proposta. Oxum daria a ele todo o mel que quisesse, desde que ressuscitasse Obaluaê. Olodumare aceitou a condição de Oxum, e Obaluaê saiu da terra vivo e são.
XXXXX
Chegando de viagem à aldeia onde nascera Omulu viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orixás. Omulu não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Omulu entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.
O xirê estava animado e os Orixás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha, levantou-lhe as palhas que cobriam sua pestilência. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Omulu pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Omulu, o deus das doenças, transformara-se num jovem, num jovem belo e encantador. Omulu e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cem Anos de Umbanda


Reflexão


Escrever sobre os 100 anos de Umbanda me leva a grandes reflexões e a um turbilhão de sentimentos.

Posso começar por:

- O que representa a Umbanda na vida das pessoas?

Será que a Umbanda representa Desejos, Necessidades, Trocas ou O querer a qualquer custo?
Será que representa somente incorporar ou 'meu Guia sabe tudo'? Será que representa a inconsciência mediúnica caracterizando o médium como uma marionete? Ou, pior, um ser sem possibilidade, força e equilíbrio mental e espiritual para controlar seus impulsos, vícios e vaidades, além de não sustentar a ação de uma Força Superior dominando suas ações?
- E como será que a Umbanda está sendo praticada?

Será que a Umbanda está sendo praticada somente no dia de gira? Aliás, abençoada a casa que hoje, depois de cem anos, abre seus trabalhos regularmente e semanalmente ensinando e doutrinando seus médiuns e consulentes, deixando de lado a preguiça e o estímulo aos milagres.

Será que, ainda hoje, a Lei de Salva é praticada na Umbanda? Será que ainda temos médiuns e pais-de-santo afirmando que um trabalho espiritual é um 'Trabalho', portanto deve ser cobrado?
Será que a política deve ser estimulada dentro da religião como sendo imprescindível para sermos respeitados e a salvação de nossos direitos?

São tantos 'serás' que chego à conclusão de que falta muito para nos considerarmos verdadeiramente umbandistas, afinal a Umbanda vem sendo tão mal trabalhada, praticada e entendida que muito me entristece. Muitos já não sabem 'o que é' e 'o que não é' Umbanda, ninguém mais sabe 'o que está certo' e 'o que está errado' dentro da liturgia umbandista e da religião, não se tem mais uma 'Linha' a seguir, as 'invenções' e 'criações' não param de surgir e muitas vezes totalmente desnecessárias, chegando a beira do ridículo.
É inacreditável, mas muitos ainda não sabem que a Umbanda é uma Religião e muito menos conhecem sobre sua doutrina, ritos, rituais e cultural, não sabem argumentar, explicar, defender a sua própria crença, não sabem diferenciar Umbanda de Candomblé ou Quimbanda e outros ainda a tratam como espiritismo ou Umbanda Branca como se houvesse Umbanda Preta, Vermelha,...
E o modo de ver é que: 'se incorporou, então é Umbanda' e ainda, 'soluções rápidas e milagrosas, vá à Umbanda', consequentemente ela é tratada como fenômeno mediúnico apenas, como momento de êxtase ou pronto-socorro.
Estão esquecendo como surgiu a Nossa Religião e para que veio, estão esquecendo as palavras do querido Caboclo das Sete Encruzilhadas dizendo que a Umbanda seria uma religião sem preconceitos e que a humildade seria o prisma da Umbanda, que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.
Estão esquecendo os avisos do Caboclo : "a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo.
O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem".
E complementa: "É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa.
Sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar".
Estão esquecendo que a Umbanda como Religião veio sustentada pelo Astral Superior para nos levar a um auto-conhecimento, a uma interiorização e evolução espiritual, conhecendo nossos desequilíbrios e modificando-os, ou seja, uma religião que exige a tão conhecida, porém tão pouca praticada – REFORMA ÍNTIMA.
A Umbanda é uma religião tão Divina e significativa que é a única religião que necessita do HOMEM e de seu ÍNTIMO como sendo o centro de tudo, ou seja, se o médium for Bom, sua Umbanda será Boa e Bem praticada, porém se o médium for vaidoso, só pensar em dinheiro, ostentar o poder e a ignorância, a Umbanda infelizmente refletirá esses aspectos e, infelizmente, é isso que vemos hoje dentro da Umbanda. Percebam que a vida particular de um padre, por exemplo, não reflete em sua religião ou no momento em que está realizando a missa, o mesmo acontece com outras religiões. Portanto, vale a pena refletir: será que aquele médium que briga durante a semana inteira, reclama, xinga e fala mal de todos e tudo constantemente, bebe, se droga, ostenta o poder, trapaceia, tem a capacidade ou a afinidade de no dia da gira, incorporar uma Entidade de padrão vibracional elevado??? Claro que não Portanto se quisermos ter uma Boa Umbanda temos que ser Bons, temos que praticar a religiosidade e a reforma íntima todos os dias da semana.
Percebam como a Umbanda é extremamente Poderosa e Divina! Ela é a única que envolve todas as outras religiões e doutrinas, ela é a única que aceita e alcança qualquer espírito, ela é a única que proporciona a verdadeira evolução do espírito, é a possibilidade de se resgatar as dívidas do passado, ela é a única que proporciona o "Fazer de novo Fazendo Diferente" e quando conseguimos isso rasgamos nossas promissórias do passado e o mais divino é que proporcionamos isso também aos Guias Espirituais, pois quando os intermediamos damos a oportunidade deles também resgatarem seus carmas e praticarem a sua evolução.
Umbanda é sentir o coração bater forte
com o grito do Caboclo.
É deixar as lágrimas rolarem
aos pés do Preto-velho.
É perceber o corpo arrepiando
ao repique da Curimba na chegada de Ogum.
Umbanda é emoção, é vida,
é mudança de atitude e de valores.
Umbanda é Paz de espírito, é Liberdade,
Superação e Convicção.
Umbanda é Fazer de novo fazendo Diferente.
Umbanda é caridade pura e simples.
Umbanda é coisa séria, para gente séria!

Que a Luz de Oxalá nos Ilumine e
que as Forças de Oxum nos unam na Fé de Olorum.
Mãe Mônica Caraccio

Desejamos a todos muita PAZ e muita LUZ!!! AXÉEEEEEEE!!!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Biografia do Baiano Setembrino

Biografia do Baiano Setembrino

Esse Baiano é Porreta, não gosta de coisas erradas, se tiver que brigar briga, se tiver que falar também fala!

Nasceu em Alagoas, em 10 de Fevereiro de 1821, era trabalhador rural na lavoura no corte de cana, era um trabalho muito pesado desde então bebe a sua cachaça (marafo).

Primo do Sr. Zé Pelintra de Alagoas

Seu apelido: Zé Pinguinha

Sotaque característico Nordestino

Bebida: Cachaça e Batida de Coco, sua cachaça é preparada em um coco

Fumo: Cigarro de Palha ou Charuto

Vestimentas: Roupa Branca e Chapéu de Palha

Guia: Branca e de Coquinho

Trabalha para Oxum

Trabalha: Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. É portador de fortes orações e rezas, trabalhando com o Exu Veludo da Estrada

Vela: Amarela

Comidas: Farofa com carne seca, Sarapatel (tudo com muita pimenta)

Hoje ele não tem mais evolução, pois já se evoluiu o que tinha que se evoluir. A sua missão hoje é ajudar as pessoas que precisam até chegar a sua hora de subida.

Em algumas de suas histórias conta que era muito namorador, e que uma vez foi querer namorar a Maria Bonita (mulher do Lampião), e o Lampião não gostando de nada disso quase cortou o seu objeto, mas diz ele que não conseguiu.
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Segue alguns pontos do Baiano Setembrino
Ponto de chegada do baiano SETEMBRINO
Andei sete noiteandei sete dias
chegou seu SETEMBRINO com seu povo da bahia2x
Pimenta malagueta
azeite de dende
viagei a noite inteira só prá li ver
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baiano já vai embora
vai fazer sua retirada 2x
vai levar cabra safado pra estourar na encruzilhada
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sou um baiano grande
do cabelo pichaim
só não vou dizer meu nome pra nimguem chamar por mim
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Baiano é povo bom
é povo trabalhador
quem mexe com baiano
mexe com nosso senhor 2 x
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Não me mexa com baiano
baiano não é brincadeira sou filho de dois baianos
na segunda sexta feira Baiano dá aueeee
baiano tira
baiano leva pra Virgem Maria 2x
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Esta é uma pequena homenagem que faço ao meu grande Amigo Baiano Setembrino, aquele que
me trouxe da Escuridão de volta para a Luz.
Muito obrigada meu amigo!
Veridiana


Todos os direitos autorais desta mensagem são do Sr. Boiadeiro Rei, podendo ser reproduzida sem modificação de conteúdo, e sendo indicado a origem e fonte.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

BAIANO SETEMBRINO



Esta comunidade homenagea o Sr. Baiano Setembrino e a todos os baianos

EMAIL: baiano-setembrino@bol.com.br

BLOG: http://grupoboiadeirorei.blogspot.com


 ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL

Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.
Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.
São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.


Características dos BaianosComidas: Coco, cocada, farofa com carne seca.
Bebem: Água de coco, cachaça, batida de coco.
Fumam: Cigarro de palha.
Trabalham: Desmanchando trabalhos de magia negra, dando passes, etc,. São portadores de fortes orações e rezas. Alguns trabalham benzendo com água e dendê.
Cor: laranja ou qual for definida pela entidade
Apresentação: Usam chapéu de palha ou de couro e falam com sotaque característico nordestino. geralmente usam roupas de couro.
Nomes De Alguns Baianos: Setembrino, Severino, Zé Do Coco, Sete Ponteiros, Mané Baiano, Zé Do Berimbau, Maria Do Alto Do Morro, Zé Do Trilho Verde, Maria Bonita, Gentilero, Maria Do Balaio, Maria Baiana, Maria Dos Remédios, Zé Do Prado, Chiquinho Cangaceiro, Zé Pelintra (que trabalham também na linha de Malandros).
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